TARAREINE - A Arte do Varapau, Uma Arte Marcial Lusitana Traditional
INTRODUÇÃO Bem-vindo ao "Tarareine", a página da internet criada pela Federação do Jogo do Pau Lusitano (Goinomixun Leukuir ke Tarareine), o Combate do Varapau ou do Bastão, o próprio "Tarareine", de maneira a fomentar o desenvolvimento desta fascinante, antiga, maravilhosa, tradicional e efectivamente esplêndida arte marcial Lusitana. Nós esperamos que você possa desfrutar com esta breve introdução ao Tarareine, ou à Arte do Pau, a "Via Lusitana" de combate, de pleno contacto e velocidade. Nós convidamo-lo a explorar essa via aqui (mesmo que por breves instantes) nesta nossa página, em pessoa. Contudo, esta apresentação será apenas uma ideia muito pálida da verdadeira versatilidade do pau nas mãos de um um verdadeiro Mestre da arte. O que é o Tarareine? Literalmente Tarareine significa "A Arte do Pau", ou a Arte ("Areine" em língua Lusitânica) do Varapau ("Tara" in Lusitânico moderno), e é uma arte marcial Lusitana que utiliza paus ou bastões de madeira. Mas, por favor, não confunda o Jogo do Pau Lusitano (Tarareine) com o Jogo do Pau Português (Jogo do Pau), uma arte marcial irmã, ambos são diferentes artes marciais em Portugal, embora também sejam muito semelhantes. O Jogo do Pau Lusitano (Tarareine) diferencia-se do Jogo do Pau português (JP) essencialmente em seis aspectos principais; 1º nas regras de combate, 2º nas posições e posturas do jogo de pernas, 3º na flexibilidade das diferentes maneiras de agarrar o pau, que pode ser nas pontas, no meio ou ambas as partes simultâneamente, e inclusive pode-se tentar agarrar o pau do adversário, 4º pode-se atacar e defender com as mãos, braços e pés para além do pau, 5º o pau pode ter diferentes comprimentos e grossura, e 6º os mais experientes podem lutar com um pau que tenha uma lâmina numa das extremidades. Comparativamente podemos dizer que o jogo do pau português é mais florido, enquanto que o jogo do pau Lusitano, o Tarareine é mais eficaz. Em conclusão, o Tarareine é um regresso às suas origens milenares ibérica, celta e pré-romana. Actualmente o Tarareine pode ser praticado separadamente ou integrado no Kingiutari. Se bem que, o Tarareine seja uma arte marcial reconstruída e moderna, ela pode encontrar a sua origem no quarto século antes de Cristo certamente, numa época em que os guerreiros Lusitanos (e os pastores com os seus cajados) começavam a formar confrarias de guerreiros com as suas espadas e falcatas para combater os povos invasores que procuravam conquistar a Lusitânia, ou mesmo quando eles combatiam entre si em lutas sangrentas e jogos marciais em honra dos seus deuses e chefes guerreiros. O Jogo do Pau Lusitano terá sobrevivido às invasões bárbaras, romana e arabe-muçulmana, mas não (ao contrário do Jogo do Pau minhoto/calaico ou português - como agora se diz) aos primeiros séculos de ocupação portuguesa da Lusitânia. Contudo uma reminiscência do antigo jogo do Pau Lusitano, chegou a sobreviver numa dança tradicional lusitana praticada com pauzinhos ao som do pífaro em algumas aldeias da Beira Interior atá meio do século XX (anos quarenta), mas a desertificação humana provocada pela emigração de lusitanos para o estrangeiro (principalmente para França) levou a que essa dança muito semelhante à dos Pauliteiros de Miranda se perdesse para sempre (?). Esta dança com pauzinhos teria sido na origem um jogo de paus que foi domesticado pela Igreja Católica Romana, tal como as outras danças lusitanas pagãs pré-romanas e pré-portuguesas. O pau tradicional tem geralmente (mas não sempre) um comprimento máximo de cerca de 160 cm, aproximadamente a mesma altura do jogador, como estilo de combate próprio empregando um simples pau, em variadas técnicas de ataque e de defesa, nasceu como tal na parte central de Portugal, na região das Beiras, ou mais exactamente, na região nativa da Lusitânia. Basicamente a Arte, tal como o seu nome o indica, é um pau (varapau ou bastão) usado actualmente por sacerdotes (jovens e velhos) da comunidade pagã Lusitana, como uma ferramenta de treino e arma de auto-defesa. Nós desenvolvemos este método aeróbico e competitivo numa arte conveniente para a saúde física, mental e espiritual, assim como para a auto-defesa e o auto-controle pessoal do praticante. A Arte é a base do moderno sistema de Artes Marciais Lusitanas denominada Kingiutari, também. No passado, os seres humanos tiveram sempre de arranjar uma forma de poderem sobreviver, e os homens sempre tiveram ferramentas ou armas brancas com que lutarem para sobreviver. O simples pau foi certamente o primeiro instrumento, ou um dos primeiros tal como a pedra, a ser utilizado com propósitos marciais, como um instrumento de ataque e de defesa contra contra os animais selvagens, primeiramente. Mas assim que as sociedades antigas evoluiram da caça nómada para uma mais sedentária e melhor organizada, os conflitos surgiram; a competição sobre os territórios e os recursos naturais, etc., ferveram até se tornarem em combates pessoais e lutas tribais, e os mais interessados criaram uma série de movimentos específicos, de ataque e de defesa, com os seus paus utilitários. A natureza específica dessas acções dependia das condições geográficas, assim como étnicas e culturais, entre outras. Esta nova técnica ou arte de combate variava não apenas de país para país, mas também dependia do comprimento do próprio pau, mais frequentemente utilizado. Alguns métodos de luta com pau foram desenvolvidas para aduelas com mais de dois metros de comprimento. Os primeiros métodos, os Asiáticos, de lutas com paus, incluíam treino pessoal e combates com um grande número de armas de madeira, de diferentes comprimentos e tipos de madeira. Outras formas de combate mais tardias, as Europeias, que empregavam paus muito robustos e pesados, requeriam já a sua utilização com ambas as mãos; tal como aconteceu com o Quarter-staff inglês ou o Jogo do Pau português. Contudo, as diferentes técnicas empregues para os diferentes comprimentos do pau são em si muito semelhantes, e inspiradas quase todas no estilo indiano. Os vários estilos modernos de luta com paus e o matrix combativo que define o grau de combatividade da agressão estão relacionados fundamentalmente com a sua própria aproximação lúdica ou desportiva. A grande diferença entre os estilos Ocidental (Europa) e Oriental (Ásia) está essencialmente na mentalidade com que eles praticam as suas técnicas. Actualmente, o moderno pau Lusitano, Tarareine a Arte do Pau, faz uma ponte entre estes dois métodos ou escolas diferentes, ou seja, apesar de ser um método ocidental, ele procura um retorno às suas raízes orientais através de uma prática e atitude mais espiritual. Em Portugal uma técnica muito rica foi desenvolvida, adaptada a um tipo de madeira conhecido como o varapau. Tal como no desenvolvimento natural de armas de madeira (bastões), o varapau foi também parte importante do normal equipamento dos trabalhadores do campo, especialmente o cajado dos pastores, usado como bengala ou um pau de ajuda aos caminhantes e viajantes que tinham deste modo uma arma simples e elementar de auto-defesa contra qualquer tipo de agressão, fosse ela de bestas ou de assaltantes. Baseada num regime de treino disciplinado e numa sólida kinestética, a arte do pau é dinâmica, fluída e baseada em técnicas de movimento com multiplas direcções, e é eficaz num combate contra multiplos atacantes. Ela pode ser praticada de forma muito informal em mangas de camisa, de forma a desenvolver no treino uma prática de total contacto do lutador até ao seu amadurecimento da arte, as competições entre artistas do pau são frequentes, contudo não incentivamos a prática desportiva, mas estas também poderão realizar-se, tendo elas proteções defensivas disponíveis para o corpo dos jogadores, mas estão por agora expressamente proíbidas fora da nossa comunidade étnico-religiosa Lusitana. A corrente Arte do Pau Lusitana (Tarareine) foi criada e estructurada em 2001 por Endobelis Ampilua, um antigo praticante de jogo do pau português também, e actualmente sacerdote pagão e nacionalista Lusitano, cujo conhecimento de outras artes marciais portuguesas e orientais, forneceram-lhe a inspiração e a armação necessárias para o renascimento interessado desta arte marcial, relacionada étnica e culturalmente com o despontar das tradições do povo Lusitano em Portugal. Ele está trabalhando de forma a desenvolver esta arte dentro da nossa comunidade Lusitana, oferecendo seminários, ensinando classes, e por vezes organizando torneios em toda a Lusitânia, nas quintas e lugares da nossa comunidade na região das Beiras, na parte central de Portugal, o seu ensino gratuito é dado apenas aos Lusitanos e não aos portugueses. O conhecimento desta arte é ainda muito recente na Lusitânia, com apenas algumas dezenas de praticantes, o número varia sempre com constantes entradas e saídas, mas nós estamos abertos a receber outras pessoas (jovens e velhos) Lusitanas membros ou ainda não membros da nossa comunidade que queiram aprender e explorar um pouco mais além os conhecimentos da arte do pau Lusitano, tanto aqui na nossa página em língua portuguesa como na Lusitana, você poderá encontrar algumas imagens, e no futuro, estamos a trabalhar para isso, teremos uma galeria com um maior número de fotos e também imagens video. Mas o mais importante é a prática efectiva da arte do pau. Durante o Verão de 2007, Endobelis Ampilua estará em algumas quintas e lugares da comunidade Lusa nas Beiras, fazendo seminários, palestras e torneiros para uma melhor divulgação da arte do pau Lusitano. Por agora, desfrute a sua curiosidade do Tarareine, com algumas imagens, e se quizer ir mais além, então contacte uma das nossas comunidades na Lusitânia (região das Beiras), e terminamos com os nossos cumprimentos tradicionais do jogo do pau Lusitano: "Golpes felizes!". E o nosso agradecimento a todos aqueles que nos apoiam e permitiram a feitura desta página, velhos e novos, aos que aparecem e aos que não aparecem nesta página.
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